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Tag Archives: Desenho

TEMPORÄR_2015_carvão conté pastel seco s papel Montal 300g_50x65cm_insta

Luciano Zanette
Temporär
2015
carvão e pastel seco sobre papel Montval
50 x 65 cm

0 0 0 Luciano Zanette_ s t_julho 2014_carvão sobre papel Montval - Canson_110 5x75 5cm

Luciano Zanette
Inverno 2014
2014
carvão sobre papel Montval
110,5 x 75,5 cm

Um Salto no Vazio_Yves KleinFVCB_UmSaltonoEspaco_CONVITEDIGITAL
UM SALTO NO ESPAÇO

A exposição reúne um grupo expressivo de artistas brasileiros e alguns artistas europeus de diversas gerações, com trabalhos que apresentam desde a ocupação do espaço real à sua representação virtual, do espaço íntimo ao espaço urbano, do universo psicológico ao território social, da reconstrução ficcional ao documento do real, do cheio ao vazio, do sólido ao etéreo, da presença material ao jogo da imaginação.

Participam de Um Salto no Espaço: Angelo Venosa, Anna Bella Geiger, Claudio Goulart, Clovis Dariano, Daniel Acosta, Daniel Santiago, Elaine Tedesco, Eliane Prolik, Flávio Damm, Goto, Lucia Koch, Luciano Zanette, Marlies Ritter, Mario Röhnelt, Nelson Wiegert, Michel Zózimo, Pedro Escosteguy, Regina Silveira, Regina Vater, Rochelle Costi, Romy Pocztaruk e Vera Chaves Barcellos, além da participação especial de Grégoire Dupond e Yves Klein.

Consolidando-se como uma instituição que difunde a produção artística contemporânea e estimula o debate em torno dela, a Fundação Vera Chaves Barcellos segue na promoção de encontros com artistas, palestras com teóricos e visitas mediadas, apostando, através do seu Programa Educativo, no potencial socialmente transformador da arte.

UM SALTO NO ESPAÇO
Abertura: 23 de Agosto de 2014
Visitação: De 25 de agosto a 29 de novembro
http://fvcb.com.br

O DESENHO NO ACERVO DO MACRS - Volúpia Construtiva - 2014_divulgação ALTA

O DESENHO NO ACERVO DO MACRS

 

O Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul inaugura na próxima sexta-feira dia 27 de junho de 2014, às 19h, a exposição Volúpia Construtiva?  Prazer e Ordenamento em Desenho sobre Papel no Acervo do MACRS, apresentando 32 artistas da coleção do Museu, entre trabalhos históricos e aquisições recentes, com curadoria de Eduardo Veras, na galeria Sotero Cosme. Visitação até 10 de agosto.

 

Não é raro que o desenho e o gesto de desenhar apareçam associados à livre expressão criativa. Haveria uma espécie de ventura ? um prazer, uma alegria ? na experiência de meramente tomar um lápis e fazê-lo percorrer o espaço em branco.

Tampouco é incomum que o desenho seja compreendido como um dos meios mais eficazes para a formulação ou o desenvolvimento de uma ideia. O desenho se presta bem para arquitetar pensamentos. Não por acaso, seguidamente, apresenta-se como sinônimo de projeto.

Mais estranho é que essas duas forças ? a glória de fazer brotar imagens no papel e a virtude da elaboração intelectual ? sejam percebidas em alinhamento, correndo em um mesmo sentido. Daí o mote desta exposição.

Volúpia construtiva examina como, no mesmo plano, com frequência se combinam vetores que apenas na aparência estariam em oposição. Essa percepção emerge de uma pesquisa junto ao acervo do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul. Não corresponde a um levantamento exaustivo da seção de desenhos dessa coleção, menos ainda equivale a um panorama da produção rio-grandense em torno dessa categoria de trabalhos ou de suas possibilidades expandidas. Propõe antes um recorte que sinaliza o convívio ? por vezes tensionado ? entre a volúpia criativa e o ordenamento construtivo.

Eduardo Veras
Professor do Instituto de Artes da UFRGS e membro do Comitê de Curadoria e Acervo do MACRS

ARTISTAS:  ALEXANDRE COPÊS, ALEXANDRE MOREIRA, ANANDA KUHN, ANICO HERSKOVITS, CARLOS ASP,DUDI MAIA ROSA, EDUARDO HAESBAERT, EDUARDO KICKHÖFEL, EDUARDO NASI,EDU OLIVEIRA, ELAINE TEDESCO,  ELLOAR GUAZZELLI FILHO, GERSON REICHERT, GISELA WAETGE, GUILHERME DABLE, JAILTON MOREIRA, JANDER RAMA, JOÃO LUIZ ROTH, JORGE MENNA BARRETO, LEÓN FERRARI, LUCIANO ZANETTE, MÁRCIA TIBURI, MARCOS FIORAVANTE, MARTA PENTER, MAYANA REDIN, MILTON KURTZ, ROGÉRIO LIVI, ROSELI JAHN, SONIA LABOIRIAU, TADAO ANDO, TERESA POESTER E VIVIANE PASQUAL.

 

Abertura da exposição dia 27 de junho de 2014 às 19h.

Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul

Galeria Sotero Cosme, Rua dos Andradas, 736, 6º andar,

Casa de Cultura Mario Quintana

Visitação de 28 de junho a 10 de agosto de 2014.

Segunda das 14h às 18h, de terça a sexta das 10h às 19h, sábados, domingos e feriados das 12h às 19h.

Informações: +55 51 3221 5900 / E-mail: mac@sedac.rs.gov.br

Luciano Zanette_Alvor de Equívocos_2005_vista frontal_

Luciano Zanette

Alvor de Equívocos

2005

madeira, lâmpadas, cabos, cerâmica, borracha, desenhos

dimensões variáveis

MAC RS

Luciano Zanette_Alvor de Equívocos_2005_vista lateral_

Luciano Zanette

Alvor de Equívocos

2005

madeira, lâmpadas, cabos, cerâmica, borracha, desenhos

dimensões variáveis

MAC RS

Luciano Zanette_Alvor de Equívocos_2005_detalhe crânio_

Luciano Zanette

Alvor de Equívocos

2005

madeira, lâmpadas, cabos, cerâmica, borracha, desenhos

dimensões variáveis

MAC RS

Capa_

O que resta de um encontro1:
Estâncias, distâncias, passagens

Para este lado do infinito, turvo finito, os cantos vazam, os cantos ocam, desprotegem, desguardam corpos.
Não confinam, confins.
Então…
Que a distância nos guarde

Descontinuidades, os planos não funcionam, as linhas não cercam. Marcam, mas falham, o olhar atravessa. O corpo através. Sem descanso. Estar só acompanhado. Desacompanhado. Só. Nhado. Des. Enhado. Separar sílabas, se parar fica. Então, sem parar, como se fraccionasse o átomo em palavra, pequenas experiências podem ocorrer, ou correr, escapar do nome, porque o nome prende.

Eu quero muito, o mínimo. Tenho grandiosidades com o pouco. Aqui sou o meu limite sobre Manoel2, aqui sou um termômetro e duas estátuas egípcias3. Madeira de construção. Linha de rumo. Depois farei melhor. Depois faço. Depois, depois, depois…

Estas peças como uma discrição (austeridade, qualidade de discreto, reservado) – descrição (traçado, delimitação, definição, exposição), descrever – descrer, ver. Ver para descrer. Ver para descrever, escrever. Desescrever, desver. Escrever para esquecer, e assim abrir espaços (na cabeça). Crânio último abrigo4. Lugar mínimo. Lugar de estar.

Para este lado do finito, descontinuidades. As paredes caem, as fronteiras linha. Passagem aberta, perigos possíveis. Te quero aqui para sempre… agora é sombra de desejo. Bandeira a meio-pau. O que resta deste encontro é sombra de meio tom. Absoluta finitude. Amargor escuro. Sombra dos dias, angústia das noites. Mesa jaula.

Breuer, Rietveld. A distância nos grade. Ofensas brandas, reverências ao vazio. Nenhum sonho é permitido aqui. Aqui eficiência. Não sou aqui. Me falta potência de ser aqui. Me falta.

Eu declino. Sou mais as desexatidões das casas de Ouro Preto. Pisos em declive, aclive, parede torta, porta morta. Camas vazias. Lugar Fantasma. Sombras em lombas, sombras queimadas. Coisa de Sombra. Caixas vazias. Vazios de crânio. Órbitas vazias. Medi- das de morte. Vazios de caixa, fins de saída. Continente, conforto, confronto. Objeto de contorno. O canto de espaço que me envolve. Dimensões do estar. O lugar de estar. Estou aqui. Não estou aqui. Eu passo.

Declino da eficiência, da produção em série, das lições de campeão. Rever valores.
Declino das estruturas de controle social. Declino do permitido, do não permitido. Consciência de norte, norte, norte. Molduras vazias, problemas portáteis. Monocromossomias. Não quero afirmar o mito de essência ou destino. A cultura é a régua, a arte a potência. A matemática vai salvar o mundo, a arte vai torná-lo suportável.

Liberdades condicionadas. Desencontros, desconversas, desconfortos. Cruzamentos, desolhares, deslocamentos, desolamentos, isolamentos. Contornos. Objeto lugar. Móvel-lugar. Casamínima.
Habitar o móvel.
Ainda Melancolia.

Deleuze nos livre!
Demorei para chegar aqui…
no meio.

Luciano Zanette
2012

Escrito montado entre meados de junho e agosto de 2012 SP, pensando nos trabalhos da primeira exposição individual na galeria Virgilio, em 12 de setembro de 2012 (a partir de anotações precedentes que acompanham desenhos de projetos). As notas de rodapé foram incluídas depois do escrito já constituído, para propiciar uma leitura mais ampla, e para não deixar de indicar leituras e contatos com autores fundamentais que permitiram a chegada neste ponto.

Notas

1 Proposição apresentada na forma de pergunta nas aulas do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS por Edson Luiz André de Sousa (escritor, pesquisador, psicanalista e professor da pós- -graduação em psicologia social e institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e do PPGAV do Instituto de Artes da UFRGS). Aqui proponho uma possível contribuição (reverberação) sobre a questão.

2 Manoel de Barros, poeta brasileiro. Manoel escreve sobre as coisas ínfimas, já nos títulos de seus livros é possível identificar este interesse recorrente: Gramática expositiva do chão (1966), O livro das ignorãças (1993), Livro sobre nada (1996), Retrato do artista quanto coisa (1998), Tratado geral das grandezas do ínfimo (2001), entre outros.

3 Os poucos objetos presentes no pequeno quarto do escultor suíço Alberto Giacometti, conforme documentário apresentado dentro da exposição sobre o artista na Pinacoteca do Estado de São Paulo em 2012.

4 Samuel Beckett, “Poèmes” (1978) in DIDI-HUBERMAN, Georges. Ser Crânio: Lugar, contato, pensamento, escultura. Belo Horizonte: C/Arte, 2009. “Georges Didi-Huberman vai construindo, assim, uma teoria da escultura, cujo enfoque não é mais o objeto, mas a espacialidade, o lugar por onde a escultura passa” (p. 14). Ainda: “… surgem não exatamente coisas, não exatamente espaços… uma escultura que transforma os objetos em sutis atos de lugar, em ter-lugares” (p.45). Texto publicado em 1997 no catálogo da exposição de Giuseppe Penone no Musée d ́Art contemporain de Nîmes.

convite

Que a Distância nos Guarde

Luciano Zanette

Escultura Pintura Desenho

Estrutura e corpo

A presente mostra de Luciano Zanette trata da relação do espaço com o corpo. E o espaço, tal como ele se revela nos trabalhos tridimensionais, não possui uma dimensão pública, ao contrário, trata-se do campo privado. As obras se aproximam de ambientes domésticos fundidos a móveis como mesa, cadeira ou cama. Entretanto, as referências ao mobiliário são indiretas. Nenhum dos trabalhos poderia ser usado para apoiar, sentar ou deitar. Apesar do primoroso acabamento em madeira, eles se afastam do campo do design e não possuem qualquer utilidade. O artista desconstrói os objetos e formas cotidianas com as quais estamos acostumados e reinventa uma espécie de mobília sem função que se conecta de modo franco e aberto ao espaço circundante.

Todas as esculturas possuem linhas retas e formas geométricas com clara referência às vanguardas construtivas. A diferença central é que enquanto os concretistas, por exemplo, almejavam um futuro melhor, um mundo mais justo, e viam nas formas regulares e na própria razão a possibilidade de alcançar a utopia, o trabalho de Zanette é mais sombrio e avesso a utopias. Longe da atmosfera solar e otimista de algumas das vertentes construtivas, suas peças possuem tons mais escuros e certa morbidez ressaltada por pequenos crânios esculpidos e pintados. Não há nesses trabalhos qualquer aposta num mundo melhor, mas a percepção de que sobre o presente e o futuro pairam nuvens escuras e pesadas.

Num primeiro olhar, as pinturas se assemelham às tradicionais naturezas-mortas do gênero vanitas, que com frequência apresentam crânios. Comuns nos séculos XVI e XVII, especialmente no norte da Europa e nos Países Baixos, as pinturas no estilo vanitas são símbolos da brevidade da vida e da consciência da inevitável chegada da morte, ou seja, de que tudo apodrece e vira pó. Elas são como lições de moral que nos lembram que os prazeres mundanos, as vaidades, são passageiros e que o apego aos bens materiais, assim como o abando- no da vida espiritual e contemplativa, não nos leva a nada. Mas mesmo que exista algo de sinistro na mostra de Zanette, suas pinturas estão distantes dos significados morais das vanitas. A relação direta entre as pinturas e as esculturas nos proporciona uma compreensão de que o crânio e os ossos são carcaças tão estruturais para o corpo quanto as madeiras que sustentam a peças são para os trabalhos tridimensionais.

As formas vazadas, abertas, que permitem que o olhar as atravesse completamente, guardam uma proporção em relação ao corpo humano a ponto de estimular uma aproximação táctil e corporal. Trata-se da mobilização de uma espécie de memória corporal que está implicada em cada uma das peças. E mesmo que a figuração da totalidade do corpo esteja fora da exposição, a noção de corpo se revela a partir do contato com o corpo do público visitante.

A limpeza e o silêncio visual presentes na montagem da mostra criam um jogo entre ausência e presença do corpo. É como se cada uma das peças exigisse um corpo para se relacionar. Mas essa relação não é harmônica, participativa, ao contrário, as peças tridimensionais não atraem completamente o corpo do visitante, na verdade também o repele, uma vez que não são ergonômicas nem feitas para usar. Os trabalhos pedem um envolvimento corporal ao mesmo tempo em que impossibilitam isso. É dessa contradição que surge o estranhamento e também grande parte da força desses trabalhos.

O artista desenvolve e constrói manualmente cada um dos trabalhos. E eles surgem de um contato com as dimensões de seu próprio corpo. Mas isso não impede a incontornável relação com o corpo de quem os contempla – na verdade as peças requerem esse vínculo. Sem nunca tratar o corpo como uma coisa ou um objeto, os trabalhos de Zanette insinuam a presença de um corpo invisível, que não pode ser representa- do, mas que é pressuposto e constitutivo das peças, elas sim completamente visíveis. Partindo da escala humana, o artista nos mostra que há uma íntima ligação entre espaço e corpo, a ponto de um não existir separado e isolado do outro. Suas esculturas nos revelam que o contorno das salas e espaços que habitamos podem ser sentidos como análogos ao contorno do nosso próprio corpo.

Cauê Alves
2012

Luciano Zanette_desenho_2012_

Luciano Zanette

Mors

2012

grafite sobre papel

44,5 x 32,5 cm

foto Jerri Rossato Lima

desenho_2002

Luciano Zanette

sem título

série Mobiliário Melancólico

2006

nanquim sobre papel

20 x 30 cm

Exposição Mobiliário Melancólico

MAC RS

desenho 2002

Luciano Zanette

sem título

série Mobiliário Melancólico

2006

nanquim sobre papel

20x 30 cm

Exposição Mobiliário Melancólico

MAC RS

desenho 2005

Luciano Zanette

sem título

série Mobiliário Melancólico

2005

lápis e nanquim sobre papel

20 x 30 cm

Exposição Mobiliário Melancólico

MAC RS

desenho-2002

Luciano Zanette

sem título

série Mobiliário Melancólico

2002

nanquim e aquarela sobre papel

20 x 30 cm

Exposição Mobiliário Melancólico

MAC RS

Luciano Zanette

sem título

2006

nanquim sobre papel

20x30cm

Exposição Mobiliário Melancólico

MAC RS